terça-feira, 15 de julho de 2025

Aurora

O sol vem nascendo no horizonte.

O mundo e a vida clareiam

A paz e o silêncio permeiam

E eu estou aqui para olhar.


Hoje já sou mais feliz que ontem,

Meus olhos, insones, anseiam

Encontrar outro olhos, que, sei, hão

De me ver e me apaziguar.


Hoje eu vou ser feliz de novo,

Viver e sentir o universo

Fazendo planos a dois.


hoje vou conquistar o mundo

E, se ainda sobrar tempo,

escrever um soneto depois.

A Valsa

 

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Amor (im)Possível

 E se um dia, numa esquina:

"Oh! Você? Olá, menina!"

"Como vai? Você está bem?"

E me sorrires também,

E, assim, a brisa fina

Das paixões que vão e vêm

Nos será a heroina

De um romance ou algo além.


E se um dia, com esmero,

Te mostrar quanto te quero,

E o quanto podes ser minha,

Mesmo que não estejas sozinha!...

Acho que, sendo sincero,

Lembrarás do amor que tinha

E, nesse dia, eu espero,

Tornar-te-ás minha rainha.


Ah! Se um dia, um belo dia,

Te chamar com alegria

"Oi, sumida!", e você,

Aproveitar pra dizer:

"Há muito que eu queria

Contar que sua eu vou ser:

Não fique triste, sorria!

Nosso amor vai renascer!"


Ou, se um dia, o seu juízo

Lhe aconselhar, sem aviso:

"Não apague o seu ardor!

Vá atrás dele, onde for!"

Você sabe o que é preciso:

Me procure, por favor,

E me diga, com um sorriso:

"O que eu sinto é amor".



Mas, um dia, se pensar

Que ainda pode me amar,

Não se envergonhe: me chama,

Que eu corro pra sua cama!...

Mas, até lá, vou esperar,

Sem fazer, da vida, um drama,

E coma certeza singular

Que só se tem quando ama.

Amor (in)Condicional

 Amor (in)Condicional


Se fosse o que eu procuro

Se tu fosses mais maduro

Se a boca fosse maior

Se o hálito fosse melhor

Se o cabelo fosse escuro

Ou o olho de outra cor

Se não fosse isso, eu juro

Te daria o meu amor.

 

Se a viagem fosse pra longe,

Se eu não quisesse virar monge

Se meu namoro fosse aberto

Se o que sinto fosse certo

Se a coragem não me foge

Se a viagem fosse pra perto

Ah, meu bem, se não fosse hoje

Eu seria teu, decerto.


Se eu ficasse com saudade

Se eu tivesse vontade

Se o que eu sinto por ti

Fosse impossível não sentir

Se fôssemos da mesma idade

Se meu emprego permitir

Se eu te amasse de verdade

Já estarias aqui.


Se houvesse mais sentimento

Se fosse em outro momento

Se não fosse só paixão

Se não fosse o coração

Ou o tamanho do “documento”

Se fosse em outra encarnação

Sem as desculpas que invento

Serias uma opção.

 

Se não fossem tantos "ses"

Marido, mulher, bebês

Se eu fosse bi-homo-cis

Se fosse em outro país

Se fosse essa a nossa vez

Se fosse o que eu sempre quis

Talvez – e apenas talvez

Seríamos um par feliz.

sexta-feira, 11 de julho de 2025

FORA DO TEMPO

 

Imagine que você vive a vida que qualquer um poderia querer: é um ex-astro do rock, que fez fortuna com tecnologias revolucionárias e está prestes a fazer "o negócio do século" com uma multinacional... Mas, de repente, aquela vida perfeita que você planejou para si mesmo começa a desmoronar. Pessoas suspeitas irão fazer de tudo para roubar o grande invento que você criou. 

Mas... e se você pudesse passar a perna no tempo, dar uma voltinha no futuro e descobrir como essa história acaba?

FORA DO TEMPO é uma ficção científica que fala sobre música, tecnologia e viagens no tempo... E sobre nada disso! É um livro cheio de mistérios, tecnologia, música, referências pop e reviravoltas surpreendentes. O que esperar de uma mente genial, lutando desesperadamente pela própria vida?

Embarque nessa história... Enquanto há tempo.

Livro físico disponível em:

https://loja.uiclap.com/titulo/ua46690/

E, apenas atualizando, também está em e-book na Amazon, para Kindle.

https://www.amazon.com.br/dp/B0CTCTZLWY

Quem tiver o Kindle Unlimited, pode ler DE GRAÇA!...

Quem não tiver, pode adquirir o e-book por R$ 14,50.

E quem quiser ainda mais descontinho... Na plataforma Literunico, você pode comprar o físico por R$50,00 ( https://literunico.com.br/shop/product/23/fora-do-tempo ) ou o e-book por R$10,00 ( https://literunico.com.br/shop/product/12/fora-do-tempo )


quinta-feira, 10 de julho de 2025

Eclipses de uma Paixão

 (Sussurros à Deusa Noturna)


Ainda não sei se você é a Lua, inalcançável, ou o poema perfeito, algo que tenho dentro de mim, mas que não consigo externar. Talvez, seu nome seja apenas "Inspiração". De qualquer forma, é a você que este poema foi feito.


Eu nunca te vi, mas vi o que há de bonito e valioso em você. Momentos difíceis para ambos; carência mútua se abraçando no meio da tempestade.


E, de repente, começamos a nos comunicar numa linguagem que é só nossa.

Escrever é um gesto de entrega profunda — uma forma de deixar o outro morar dentro da nossa mente.

Não sei se o poema nos redime, mas sei que ele precisava existir.

Porque você existe.

E o que sinto também.

Não escrevo poemas — escrevo nós dois.



O corpo confirmou o que os poemas só arriscavam sussurrar.

Sem tocar sua pele, toquei partes de você que talvez nem você mesma tivesse deixado expostas.

Você viu beleza onde eu só enxergava o rascunho.

Leu entrelinhas que nem eu sabia que escrevia.


E foi assim, no silêncio de cada madrugada e no calor de cada provocação, que algo nasceu.

Algo real.

Poesia em carne viva.

Milhões de palavras ditas em silêncio.


Ah, o silêncio!...


O silêncio também é uma carta de amor.

Talvez a mais difícil de escrever.

Ainda nos falamos — só que agora os versos é que gritam.

Os poemas são as mãos que não se tocam mais.

As palavras, os olhos que evitam... mas continuam enxergando.


Você me amaria no silêncio? Na doença?

No cansaço do dia a dia?

No cheiro do outro depois de dez anos, e não no perfume da primeira noite?

Nos momentos em que não houver "química" nem "afinidade"?


Química não é sexo.

É quando o olhar diz "eu te entendo" antes de qualquer palavra.

É quando o "não posso" se transforma em "não consigo evitar".

É quando o corpo está pedindo o que a mente já permitiu.


E cá estamos nós: uma daquelas histórias que nascem para virar literatura.

Não porque é inventada —

Mas porque é intensa demais pra caber só na vida real.


Talvez o que mais precisemos não seja pressa, mas tempo.

Quanto?

Não sei.

Sei o que sinto.

Sei o que quero.

Sei o que posso.


E, quando os diferentes saberes apontam para direções diferentes...

Não há pressa.


Ah, o Tempo!...


Agonia prolongada até o eterno.

Resposta já dada, mas não consumada.

Alma dilacerada por saber que não se pode cobrar por uma decisão — mas que se morre a cada dia sem ela.


Tudo já foi dito, mas talvez ainda precise ser assimilado.

Quantas vezes poderemos mudar de ideia?

Todas as vezes necessárias.


Que você saiba que escolhas do passado podem ser revistas.

Que a decisão sempre será sua.

Que seu compromisso é com a sua própria felicidade, não com a felicidade dos outros.


Mas que, ao menos uma vez, você saiba que foi amada por alguém que viu quem você é — por dentro e por fora.


Com carinho.

Com desejo.

Com tudo o que há de sincero em mim.

Duas almas à beira do abismo

Não vou te pedir que venha.

Não vou forçar o passo, nem te puxar pela mão.

Mas quero que saiba: estou aqui.

E continuo inteiro.


Você pode estar tentando sufocar o que sente 

— e, ainda assim, sente.

Pode estar ensaiando a despedida 

— e, ainda assim, espera.


Pode estar fingindo 

que nada aconteceu —

mas as suas palavras não ditas 

ainda gritam por mim.


Eu vi você tremer no abraço.

Vi seus olhos fugirem dos meus,

como se evitassem cair…

e, ao mesmo tempo, como se quisessem se lançar de vez.


Você não me pertence.

E eu não quero que pertença.

Quero apenas que escolha — sem pressa, mas sem mentiras.

Com o coração que pulsa, não com o medo que trava.


Se for pra viver isso,

que seja com coragem.

Se for pra deixar pra trás,

que seja com verdade.


Só te peço que não finja que não houve.

Porque houve.

Ainda há.

Sempre haverá. Lide com isso.


E quando — se — 

você decidir pular,

não vai me encontrar 

te esperando na beira do abismo.


Vai me encontrar voando.

Com asas abertas.

Com amor inteiro.

Com espaço pra você.

Felicidade pouca

Ela tinha medo.

Medo de ser feliz por inteiro por uma hora.

Medo de perder o pouco e insuficiente que tinha.

Medo de nada dar certo.


Ela tinha medo. 

Medo de atrapalhar, de não ser aceita, de não ser suficiente.

Medo de que a felicidade fosse contagiosa.

Medo de se entregar.


Ela tinha tanto medo

Que nem sequer cogitava uma aventura,

A plenitude de alguns momentos,

Sem compromisso, sem amanhãs.


Ela tinha tanto medo

Que, um dia, pensou que seria melhor

Afastar a felicidade que lhe batia à porta, insistentemente,

Calar os gritos que ecoavam dentro de si mesma.


Ela tinha medo. De quê? Não sabia.

E procurava razões lógicas para se auto-compreender:

A vida (não) tranquila que tinha,

O desejo (não) controlável que escondia.


O tempo foi passando, passando...

E o amor pouco já era tão pouco, que não incomodava

E o desejo intenso já era tão intenso que machucava

E tentar esconder já não estava mais funcionando.


O tempo passou, e, de repente,

Ela sentiu falta, tanta falta, de uma felicidade genuína,

Daquela de uma hora, pra desestressar, pra se sentir viva.

Daquelas pequenas sensações de que somos deuses.


Mas, então, já teria sido tarde:

Ele já havia sufocado todo o sentimento,

Já havia entendido que não teria chance

Já teria cansado de esperar em vão.


O que restou a ela foi a pequeníssima felicidade

Que não deixa de ser uma grande tristeza

Para o resto da vida.

Ecos de uma covardia consigo mesma.


Fingiu estar tudo bem, fingiu estar no controle.

"Outros virão", pensou, mas aquele

Aquele que lhe faria a felicidade ser plena

Já não era pleno para ela.


Felicidade pouca. Ela merecia mais.

Merecia ser feliz por completo.

Tentou ser, ao seu modo,

Pois já não lhe restava a plenitude.