- Come este pedaço de bolo!
-Não,
vó, obrigado, mas eu não quero.
- Por que não?!
- Nada, só não estou com
vontade.
-Mas está uma delícia!...
-
Tudo bem, eu acredito que esteja mesmo, mas não quero agora, obrigado.
- Mas é de cenoura! Você não gosta?
-
Gosto, só não quero comer agora, tudo bem?
- Mas você sempre gostou do meu bolo de cenoura!...
-
Vó, eu continuo gostando do seu bolo de cenoura.
- Então por que não come?
(respira
fundo...) - Porque eu não quero, vó. Porque eu não estou com vontade.
- Só um pedacinho prá experimentar. Garanto que se você
provar vai querer outro.
-
Nem outro, nem este. Não quero e pronto!
- O que você tem que está nervoso?
-
NADA, vó. Me deixa. Não quero o bolo agora. Quando eu quiser, eu pego, tá?
- Você está estranho... está bravo comigo, nem quer meu
bolo, fica gritando...
(respira
muito mais fundo...) – Vamos fazer assim, daqui a pouco eu pego um pedacinho,
tá?
- Se for pra comer empurrado, não precisa! Depois vai passar mal e a culpa é do meu bolo.
-
Vó, pelo amor de Deus!... Não quero fazer desfeita... só não estou com vontade
de comer nada agora... Tenta entender, por favor!...
- Por favor, por favor... Fazer um favor de comer meu bolo
você não faz, né?
-
Ah, desisto. Me dê cá um pedaço desse bolo. Já que não posso ter opinião
própria mesmo, pelo menos vou te agradar.
- Ah, bom, assim está melhor. Mas espera esfriar então, que ainda tá quente e dá
dor de barriga...
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