terça-feira, 15 de abril de 2014

Ao Dormires...


Ao deitares, enfim, serei teu manto
A cobrir-te inteira, e abraçar-te;
Ao dormires, serei eu, com tal encanto,
O sonho belo e profundo; e, destarte,

Neste sonho, serei eu o bravo herói,
Que então te salva das garras da maldade
E que dentro de ti a dor destrói
Para que enfim, me adores de verdade.

E, assim, ao acordares encantada
Deste sonho, perfeito conto-de-fada,
Perceba a luz que entra pela janela:

Pois serei eu, também, o brilho do desejo
Que invade o teu quarto e te dá um beijo,
E que ilumina, como o Sol, tua face bela.



Tiago Bianchini - 1997

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