Uma lágrima - muito pouco
para provar
Que me amas como queres
que creia;
Mal molha o rosto, de
quem não soube amar;
Nem apaga o fogo que
‘inda me incendeia.
Duas lágrimas - mas já é
por demais tarde;
Já não me tens em corpo e
mente, já não sou
Aquela chama de amor, que
em teu peito arde,
Aquele amor em chamas,
que já te queimou.
Não chores, pois, com
quem não mereça:
Levante o rosto, olhe em
frente e cresça;
E não tente precisar mais
de meus lábios;
Que eu não quero mais ter
sua companhia:
Quero seguir a trilha,
com a mente vazia,
Como fazem, por solidão,
todos os sábios.
Tiago Bianchini - 1998
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