quarta-feira, 16 de abril de 2014

Não mereces um poema

Não mereces um poema;
            Nenhuma palavra no Mundo poderá dar
            A real dimensão da tua grandeza;
            A verdadeira descrição da tua beleza:
            És bela, somente, na sua pele fresca como a manhã;
            Expiras alegria e paz por todos os poros,
            E teu sorriso contido no canto dos lábios espessos,
            E teu olhar suave, e teus olhos grandes e serenos
            Falam-me n’alma mais que qualquer jura de amor.

Por isso não mereces um poema;
            Qualquer poema que este tolo trovador pudesse compor,
            Por mais perfeito que fosse,
            Seria uma ofensa brutal à tua singeleza,
            À tua graciosidade.
            És Divina, és muito mais do que
            A sabedoria humana consegue definir.

Não mereces, Amor, um poema;
            Mereces muito mais que isso: mereces um Amor,
            Que é a melhor forma que o Homem encontrou
            De dizer: “Muito obrigado por existires”
            E que, também, é o único sentimento
            Verdadeiramente digno de habitar o teu peito.

Não mereces poemas;
            E nem precisa deles; já és por demais elevada
            És mais que qualquer poesia; és uma oração
            Que a mim, pobre mortal, cabe apenas repetir, em ladainha:
            És, por excelência, senhora de todos os corações do Mundo
            Ao mesmo tempo em que és tão simples, tão pura,
            Qual uma criança na sua inocência; tal qual uma flor.


Não mereces poesias;
            Mereces ser feliz; mereces amar
            Mereces que a própria Criação se curve ante seus pés
            Para reverenciar-te, com emoção, e abençoar-te;
            Mereces que a própria vida que emanas do teu olhar
            Seja tua escrava, tua ama, a lhe fazer as vontades.

            Mereces alguém que te faça feliz
            Mereces alguém que te sinta na pele; que te faça se sentires viva.
            Mereces mais que palavras, mais que gestos de carinho:
            Mereces um Amor Sincero.

            Como eu.



 Tiago Bianchini - 2001

Nenhum comentário:

Postar um comentário