Não mereces um poema;
Nenhuma palavra no Mundo poderá dar
A real dimensão da tua grandeza;
A verdadeira descrição da tua beleza:
És bela, somente, na sua pele fresca como a manhã;
Expiras alegria e paz por todos os poros,
E teu sorriso contido no canto dos lábios espessos,
E teu olhar suave, e teus olhos grandes e serenos
Falam-me n’alma mais que qualquer jura de amor.
Por isso não mereces um poema;
Qualquer poema que este tolo trovador pudesse compor,
Por mais perfeito que fosse,
Seria uma ofensa brutal à tua singeleza,
À tua graciosidade.
És Divina, és muito mais do que
A sabedoria humana consegue definir.
Não mereces, Amor, um poema;
Mereces muito mais que isso: mereces um Amor,
Que é a melhor forma que o Homem encontrou
De dizer: “Muito obrigado por existires”
E que, também, é o único sentimento
Verdadeiramente digno de habitar o teu peito.
Não mereces poemas;
E nem precisa deles; já és por demais elevada
És mais que qualquer poesia; és uma oração
Que a mim, pobre mortal, cabe apenas repetir, em
ladainha:
És, por excelência, senhora de todos os corações do Mundo
Ao mesmo tempo em que és tão simples, tão pura,
Qual uma criança na sua inocência; tal qual uma flor.
Não mereces poesias;
Mereces ser feliz; mereces amar
Mereces que a própria Criação se curve ante seus pés
Para reverenciar-te, com emoção, e abençoar-te;
Mereces que a própria vida que emanas do teu olhar
Seja tua escrava, tua ama, a lhe fazer as vontades.
Mereces alguém que te faça feliz
Mereces alguém que te sinta na pele; que te faça se
sentires viva.
Mereces mais que palavras, mais que gestos de carinho:
Mereces um Amor Sincero.
Como eu.
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