I - Ao
Criador
Perfumai
as sombrias madrugadas
Com o
frescor de uma palavra clara;
Deixai
que o vento a carregue, para
Que
aqueça almas d’antes mais geladas.
Cuidai
que os velhos sonhos da esperança
Estejam
sempre, cada vez, mais verdes;
E
sejam, sempre, assim tal como Serdes:
Abençoados
por Vossa lembrança.
Deixai
que a Lua, no marinho véu,
Encante
os mares, brinque em sua bruma,
Deixai
que faça, da noite, seu bel-
Prazer;
cuidai que o amor que se consuma
Faça a
noite, bela como nenhuma
Outra
jamais pairou sobre este céu.
II - In
Natura
Há um
canto de vida em cada canto
Do
mundo; há uma vida repleta de alegria;
Há um
pio suave em cada gota pia
De
orvalho, de chuva, de suor, de pranto.
Há, em
cada instante, um breve encanto
Que
refaz durante o restante do dia
De
cada sábio, sumo sacerdote ou santo,
E em
cada um renasce; e isto é poesia.
Há negras
noites de sereno vento
E há o
sereno da noite; e há a aurora;
Há luz
e cores, e sombra, e movimento
Em
cada amanhecer; e a toda hora
Há o
sopro de Deus, a dar alento;
É onde
a vida se renova, e onde mora.
Tiago Bianchini - 2003
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