Uma lágrima, do olhar latente,
Escapa sorrateira, e dele vai
Através do rosto, e por ele
cai;
Desliza pela pele, lentamente.
Molha a face triste e
descontente,
Como a inundar a dor que dela
sai,
enxugando o olhar que se
contrai:
De repente, não mais que de
repente.
Triste caminho de um pingo
d'água!
Que desliza pelo corpo a dura
mágoa,
E viaja pelo ar, e toca o
chão;
Também no pranto desta dor
sentida,
Sou eu uma reles lágrima da
vida;
A doce lágrima do meu coração.
Tiago Bianchini, 1996
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