Todos os poemas que te dei, Maria,
Não
valem-me a lembrança dos teus lábios;
Palavras
que são, ordenadas num papel pautado.
Todas
as lembranças dos teus lábios, Maria,
Não
valem-me os minutos ao teu lado;
Memórias
que são, fugazes e abstratas.
Todos
os minutos ao teu lado, Maria,
Não
valem-me a ausência que te sinto;
Instantes
que são, cronologia de um pretérito-perfeito.
E toda
esta ausência que me fazes, Maria,
Esta,
sim, vale-me mais que tudo:
Sentimento
que é, dor que é; ausência de uma vida.
Tiago Bianchini - 2010
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