Meu amor é tinta diluída,
Nas saudades de uma pincelada;
E diante da tela calada,
Onde eu pinto esta minha vida,
Em luz-e-sombra, em cor
esquecida
No cinza-claro, onde está
traçada
Em tinta-a-óleo, sem dizer
nada,
A minha Monalisa perdida;
És tu o brilho alvo do céu
Que guia sempre este meu
pincel
Por sobre o pano, que esta dor
corta;
És a mulher que me dá cor
bela,
Enchendo de vida esta tela
Da minha vã natureza-morta.
Tiago Bianchini - 1996
Nenhum comentário:
Postar um comentário