terça-feira, 26 de novembro de 2013

Teu:

A noite vem; a tarde some;
E cá estou eu a dizer teu nome
Em prosa, em verso, na perfeita simetria
Da alegria;

E diante do teu olhar, neste retrato,
Neste papel que me faz feliz de fato,
Te beijo inteira, sonhando, na noite fria
E vazia.

“Algum dia eu sei que terei você...”
Que tolice! Já tenho-te em meu viver,
Neste meu mundo, onde tudo é fantasia
E poesia,

Mas espero ainda te ter ao meu alcance,
E te abraçar, beijar, te amar, neste romance,
Que equilibra a noite, em suma e vadia
Sinfonia.

O meu desejo por ti é tão imenso;
É tão maravilhosamente grande, que nem penso
Que exista amor maior no Mundo que tardia
Nossa folia.

Amor, és tudo, és a aurora, anjo meu,
És a sereia que faz crer meu peito ateu
Nestas loucuras, que me encanto em tua magia
Neste dia.

És, enfim, a musa que inspira a pena
Deste escritor, que de amor te envenena;
És minha lua e meu Sol, que me irradia
Calmaria.

Tiago Bianchini - 1997

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