Coube
aos meus lábios dizer-te, um dia,
Com
rachos n’alma, a palavra vil:
“Adeus”;
coube a mim a despedida fria
Na
fria palavra, no olhar frio...
Estou
bem, contudo; e melhor seria
Se, na
nossa história, houvesse um vazio
Ao
invés da dor e da agonia
Maior
e mais forte que já alguém sentiu.
É
assim a vida: uma breve poesia
É assim
a vida, afinal: dores mil
Que
invadem o peito, e à boca guia
A
palavra – “Adeus!” – de quem jamais partiu:
Faz-se
como um mar, de água bravia,
Que
jamais recusa a candura d’um rio.
Tiago Bianchini - 1998
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