Queria ser, ao invés deste
amador,
Apenas um ser, glorioso, a
enfeitar
Os teus cabelos, e ver teu olhar
brilhar;
Queria eu, apenas, ser uma
flor.
E então, dar-te-ia o meu amor,
Mas tanto amor, no momento de aflorar,
E em sua justa homenagem, ao
murchar,
Não perderia um só suspiro
deste odor.
Mas não sou nada - sou apenas
um mortal
Que te coloca como deusa em
pedestal,
Para adorar-te, aos teus pés
angelicais;
Mas não te escondo o meu
desejo, na saudade,
De apenas ser, com toda a
minha humildade,
Aquela flor que te perfuma;
nada mais.
Tiago Bianchini - 1996
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